A Paz e a Reflexão, no Silêncio.

A Paz e a Reflexão, no Silêncio.
Meditação Out Door.

Monday, April 19, 2010

" Já o Santo..."

Já passou a Banda Filarmónica.
Bufam os músicos, nos instrumentos,
Enquanto sobem a calçada
Num duplo esforço, dos seus intentos.

Na Aldeia, o povo acredita
Que a Festa, desta vez, vai ter momentos
Que farão inveja à terra vizinha;
Mais fogo de artifício, mais morteirada

" Para que eles vejam o nosso peito,
Que, nem que se danem, agora
É que vai ser, tudo bem feito!"

Já o Santo, imóvel, coitado,
Parece delegar-se num padre, que adora
A contribuição dos fiéis, de bom grado.

Joantago

Sunday, April 18, 2010

Inocentemente?!

O Bento Padre, de cariz ariano,
Vozinha fininha, semblante santo,
Pastor suspeito, entre o rebanho
Germânico, cristão apostólico romano!

Transporta milagres, debaixo do manto
Imaculado de bondade que estranho!
Missionário de uma evangelização já gasta,
Num negócio mesclado de sacramentos e pasta!

Troca-se a fé nos países terceiro-mundistas,
Por receitas chorudas, das abençoadas esmolas;
Leva-se a catequese, nas mochilas, às escolas,

Para que as criancinhas, pela sua ingenuidade,
Manipuladas pelos padres seminaristas,
Sigam os costumes religiosos, até à terceira idade.

Joantago

Lavagem de Fé.

Vem o Papa a Portugal, que alegria!
Junte-se o povo e rejubile de felicidade!
Até temos direito a tolerância de ponto,
Para receber, com pompa, Sua santidade!

A Igreja, sempre célere, já montou toda a logística,
Apadrinhada pelo governo, mais a sua hipocrisia,
Para fazermos alarde, de um povo tonto
Com a memória curta, da sua vida de provação…!

A pobreza, na ignorância, sempre implica
A grandiosidade, com que os mandatários de Cristo
Festejam a sua manutenção de ostentação!

É com mágoa e revolta que assisto
A esta feira de vaidades religiosas,
Onde os tartufos, são almas perigosas!

Joantago

Thursday, April 8, 2010

Espólio Pascal.

Mãos pecaminosas, conspurcadas,
Segurando a cruz do redentor,
Salvador que se não valeu,
No conto imaginado, sobre um impostor,
Em versões, habilmente manipuladas.

Solicita-se um beijo, no crucificado,
Depois das patranhas proferidas,
Por um sacerdote que se esqueceu
De benzer a água da rede pública,
Antes da patuscada, que lhe perdoará o pecado.

O cristão, aliviado do seu cumprimento,
Não lamenta a contribuição tradicional;
Mais magro restou o seu orçamento
Para garantir à família, o respectivo sustento,
Mas limpo de qualquer pecado original!

Com a bolsa composta, o mandatário
Do senhor, que morreu para salvar a humanidade,
Quer lá saber de um pobre desgraçado e faminto!?
Manda o seu credo, numa vida de qualidade,
Porque, a pensar o contrário, sou eu que minto!

Joantago